Durante a Bienal do Livro de 2019 no Rio de Janeiro, o até então prefeito, Marcelo Crivella, mandou que fossem retiradas uma leva de HQs da Marvel por conter uma cena de beijo gay em seu interior, alegando ser “conteúdo sexual para crianças“. O beijo era protagonizado pelo herói Wiccano, o Billy de “WandaVision“.
A história em questão era “Vingadores: A Cruzada das Crianças“, uma graphic novel que republica gibis em formato de luxo, em capa dura. A saga, que inclui diversos heróis da Marvel, trazia em uma cena, um beijo que envolvia os heróis Wiccano e Hulking, até então, namorados.
Wiccano é o codinome heroico de Billy Maximoff, um dos filhos gêmeos de Wanda Maximoff e um dos atuais protagonistas de “WandaVision“. A chegada dos gêmeos à série e consequentemente ao Universo da Marvel dos Cinemas foi uma grata surpresa aos fãs, que esperavam isso acontecer. A chegada do futuro herói também deve marcar o primeiro herói gay da Marvel nos cinemas — ou o segundo, dependendo de como será abordado em “Eternos“ —.
O pedido de censura do quadrinho fez com que uma grande parcela de brasileiros se revoltassem nas redes sociais, englobando até famosos. Felipe Neto foi um dos que tomaram frente ao movimento, distribuindo 14 mil livros com temática LGBT durante a Bienal, como forma de combater a censura imposta pelo ex-prefeito.
“WandaVision” está sendo lançada semanalmente e está disponível na Disney+.