Conheça “127 Horas”, filme protagonizado por James Franco inspirado em um caso real

Diversos títulos que destacam personagens em situações adversas lutando por sobrevivência se popularizaram nos últimos anos. É o caso do suspense “A Queda“, disponível na Prime Video, e do recém-lançado pela Netflix “Destinos À Deriva”, que figurou no topo da plataforma de streaming por semanas consecutivas.
Essa, no entanto, é uma premissa que se destaca no cinema há anos. Um dos títulos que melhor explora a questão é “127 Horas“, suspense lançado em 2010 inspirado em um caso real que aconteceu em 2003.
A história acompanha Aron Ralston (James Franco), um alpinista que sai para mais de uma de suas escaladas nas montanhas norte-americanas. Quando uma pedra despenca, seu braço fica preso contra a parede da rocha.
Com apenas um litro de água, dois burritos e alguns pedaços de chocolate, Aron começa a lutar pela sobrevivência, intercalando momentos de tensão e memórias de sua vida. Quando ele lembra que não contou a ninguém que iria escalar naquele dia, um terror maior ainda toma conta de si, fazendo com que ele precise tomar uma decisão drástica caso queira sair dali com vida.
Assista ao trailer:
ㅤ
A história real
No dia 26 de abril de 2003, Aron Ralston foi escalar no Condado de Wayne, em Utah, nos EUA. Enquanto ele descia o Blue John Canyon, uma rocha suspensa que ele escalava se soltou, esmagando seu braço direito e o prendendo contra a parede do cânion.
Com poucos mantimentos, ele precisou racionar a comida e a água, consumindo apenas o suficiente para se manter vivo por mais um dia. Ele também carregava consigo uma câmera de vídeo e um fone de ouvidos, sendo a primeira o meio que ele achou de registrar alguns dos momentos de tensão que ali viveu.
Ao se dar conta que não havia contado para ninguém aonde ia naquele dia, Aron ficou desesperado e com pouca crença de que conseguiria sair vivo dali. Ainda assim, durante o tempo em que ele esteve preso à rocha, ele tentou movê-la, obviamente sem sucesso.
No terceiro dia, ele já tinha mais suprimentos e como ninguém havia passado por ali, ele começou a pensar que a solução seria tentar se salvar sozinho. Delirando, ele se viu forçado a amputar o próprio braço com uma pequena faca de seu kit barato de ferramentas úteis. No entanto, quando a faca penetrou sua pele, ele sentiu que não conseguiria cortar os próprios ossos, o que deixou sem esperanças novamente.
Ele escupiu seu nome na parede do desfiladeiro, junto com sua data de nascimento e de sua possível morte. Ele gravou um vídeo de despedidas e, em seguida, adormeceu. Segundo Aron, naquela noite, ele sonhou consigo mesmo possuindo apenas metade de seu braço direito e acreditou que aquilo era um sinal de que aquele não era seu fim.
Ao acordar, uma ideia veio à sua cabeça: ele não precisaria cortar seus ossos, mas poderia quebrá-los. Dessa forma, ele passou a se atirar contra a rocha até que finalmente conseguiu se desvencilhar de seu membro. Primeiro, ele conseguiu quebrar o rádio e, alguns minutos depois, o cúbito na área do pulso.
Esse processo durou cerca de uma hora e Aron perdeu 25% de seu volume sanguíneo neste tempo. No entanto, a satisfação por sua ideia ter dado certo somada a sua pura vontade de viver, o fizeram rastejar por um cânion e descer um precipício de 18 metros. Ele ainda precisaria caminhar por 10 quilômetros até chegar ao local onde estacionou seu carro, mas perto do fim do percurso, encontrou uma família holandesa que caminhava pela região. Eles o ofereceram comida, água e as autoridades locais foram imediatamente alertadas.
Após ser resgatado por uma equipe médica, Aron foi informado que ele escolheu o melhor momento para se soltar. Se ele tivesse amputado seu braço dias antes, teria sangrado até morrer. Se tivesse esperado por mais algumas horas, teria morrido no local.

Além de Franco, o elenco de “127 Horas” conta também com Amber Tamblyn, Kate Mara, Sean Bott, Koleman Stinger, Treat Williams e Kate Burton.
A direção é de Danny Boyle, que também assina o roteiro ao lado de Simon Beaufou. Ela também é produtora junto de Cristian Colson e John Smithson, enquanto Bernard Bellew, Lisa Maria Falcone, François Ivernel e Tessa Ross atuam como produtores executivos.

“127 Horas”.
“127 Horas” está disponível no catálogo do Star+.