Conheça “Curve”, curta-metragem sobre mulher que fica presa em uma superfície curva

Cena do curta-metragem

Poucos filmes conseguem provocar tanta tensão em seus espectadores quanto o curta-metragem de apenas 10 minutos, “Curve“, lançado em 2017. O projeto venceu o prêmio de Melhor Curta-Metragem no Fantastic Fest e foi descrito como um projeto “simples na premissa, mas imensurável no impacto”.

Na história, uma mulher acorda em uma superfície curva com um abismo escuro além de sua borda. Ela sabe que qualquer movimento errado pode fazer com que caia em um vazio sem volta e, por isso, precisa agir meticulosamente se quiser sobreviver.

Com uma perna dobrada sob o próprio corpo e com as mãos cada vez mais ensanguentadas, a mulher precisa se agarrar à superfície inclinada. Embora seu espírito seja forte, essa sua vontade incansável de sobreviver pode não ser suficiente para mantê-la viva. E esperar por resgate não é uma opção.

Apesar do desconforto físico e sensorial, “Curve” é também um projeto cheio de metáforas. Afinal, quantas pessoas se veem diante de um abismo emocional em que desistir parece ser a opção mais fácil? A dor e o medo muitas vezes são tão íngremes quanto o buraco o qual a personagem se encontra e às vezes só é possível sair dali se alguém te estender a mão… mas ninguém o vê ali.

Assista ao curta-metragem:

Laura Jane Turner vive a protagonista do filme. Tim Egan é o diretor, roteirista, diretor de fotografia e editor do curta-metragem.

Egan contou ao ScreenAnarchy que “Curve” foi motivado por suas experiências de vida, que incluem um trágico acidente, quando ele foi atropelado por um carro, e conversas que teve com pessoas que enfrentavam problemas psicológicos.

Certa vez, uma pessoa me contou que a melhor parte do dia dela eram os dois ou três segundos depois de acordar, porque seu cérebro tinha esquecido que estava deprimido. E eu não sou especialista em depressão ou ansiedade, mas foi assim que se manifestou para ela. Eu só me lembro da sensação de ‘um aperto no estômago’ quando ela me disse isso. De me lembrar de todas essas coisas horríveis. E ela meio que sentiu como se o mundo se abrisse embaixo de você e você passasse o resto do dia apenas tentando se segurar”, disse o roteirista.