Adriane Galisteu comenta sobre documentário de Ayrton Senna, que estreou hoje no Globoplay: “É uma ficção”
Há exatamente 30 anos, Ayrton Senna, uma das maiores referências da Fórmula 1, falecia em um trágico acidente na Curva Tamburello, em Ímola, Itália. Nesta quarta-feira (1), Adriane Galisteu, que namorava o piloto no ano em que ele faleceu, fez uma publicação em suas redes sociais homenageando o ex-companheiro.
“1 de maio de 1994, o dia que todo mundo lembra o que estava fazendo. O dia que o Brasil inteiro sente a mesma dor. O dia que marcou minha vida tão profundamente que nunca, jamais será esquecido. Pra sempre, Ayrton”, escreveu a apresentadora no Instagram.
Ela também publicou um vídeo na rede social comentando que sempre recebe muitos telefonemas no dia primeiro de maio. Em virtude do documentário sobre Senna que foi lançado no Globoplay hoje, esses contatos tornaram-se ainda mais frequentes este ano.
“Dia primeiro de maio. Não importa o que eu esteja fazendo, é sempre um dia reflexível, mais difícil, mesmo 30 anos depois. E neste dia, todo mundo toca meu telefone, me faz perguntas. Imprensa, fã seguidores. E em especial por causa do documentário, eu tô sendo bombardeada de perguntas. As pessoas querem saber se eu vou assistir, se eu não vou assistir. Se eu tô no documentário, se eu não tô documentário, se meu telefone tocou, se não tocou“, disse a contratada da Record.
Apesar de não ter sido convidada para participar do projeto, Galisteu afirmou que está ansiosa para assistir à produção, embora tenha sido incisiva ao deixar claro que a obra é ficcional.
“Eu tô ansiosa sim, como todo mundo tá. Não vejo a hora que estreie. Porém, vou assistir como ficção. A partir do momento em que eu não participo do documentário, com depoimento, com entrevista, com a minha história, é uma ficção, concordam?“, indagou Galisteu. “E pra encerrar: o importante é que ele seja sempre lembrado. A gente tem que manter a história, o nome e a imagem do Ayrton sempre viva”, completou a apresentadora.
Em 2022, o Notícias da TV revelou em uma matéria que a família de Senna não havia autorizado a participação de Galisteu no documentário que estava sendo produzido. De acordo com o site, o veto à ex-modelo se deu pelo fato da família jamais aprovar o namoro entre eles. A maior preocupação era de Viviane Senna, que demonstrava receio em Galisteu expor a forma como era tratada pela família do piloto e, dessa forma, transformar o projeto em “algo pesado”.
Em entrevista fornecida ao UOL em 2010, Galisteu comentou sobre a conturbada relação que tinha com a família do ex-namorado. “Eu não era fã de F1, não era fã dele, não acompanhava a carreira dele. Quem me escolheu foi ele. Então, eu não tinha nenhum poder de olhar e seduzi-lo, nem achava que isso fosse possível. [Quando ele morreu] eu fui metralhada, até teve momentos que eu falava ‘Não matei o Ayrton’. Qual é o problema de ter sido a última namorada dele? Me chamavam na rua de oportunista, noiva do Ayrton, menos de Adriane Galisteu”, disse a apresentadora.
Ela continuou: “Foi uma fase bem difícil, eu sentia muita raiva, até de ter conhecido ele muitas vezes. Minha vida era tão calminha, ninguém sabia quem eu era. Eu não sabia nem sequer responder ao que estava acontecendo. O público, de modo geral nunca me destratou. Mas na época, a família do Ayrton tinha muito poder. Eu queria muito que as pessoas entendessem que eu fazia parte daquela família. Só que eu percebi que eu não fazia, por opção deles, inclusive. Ficaram desconectadas as conversas. Quando eu dava uma entrevista e eles também, realmente, era tão diferente o conteúdo… eles ganharam nesse cabo de guerra. Foi difícil pra mim entender. O julgamento era o que mais me machucava“.
Em entrevista à Band em 1997, Flávio Gomes comentou sobre a rejeição da família de Senna à namorada do piloto na época, alegando que a repulsa se dava devido às “diferenças” entre os estilos de vida. “A família não gostava dela. Ela era uma pessoa muito diferente da família. É claro que o Ayrton estava um pouco preocupado e chateado dentro da família dele com a mulher que ele escolheu”, disse o jornalista.
No velório de Senna, a namorada do piloto não ocupou o espaço de uma pessoa que era próximo dele ou da família. O carro de Galisteu foi um dos últimos do extenso combio a entrar no cemitério do Morumbi, enquanto o veículo onde a apresentadora Xuxa estava, que namorou Senna entre 1988 e 1989, foi o segundo. Segundo uma reportagem do jornal O Globo, Xuxa deixou o local no carro da família de Senna, enquanto Galisteu teve que caminhar até a saída do cemitério e embarcar em um ônibus reservado aos convidados.
Além do documentário recém-lançado no Globoplay, a história de Senna também será retratada em uma série biográfica da Netflix, cujo primeiro teaser foi divulgado nesta terça-feira (30). Na produção, Galisteu será interpretada por Julia Foti, que publicou um vídeo em suas redes sociais destacando sua admiração pela apresentadora de A Fazenda.
“Eu gosto dessa mulher, eu gosto do que ela construiu, de tudo que ela se dedicou, porque tudo que ela cresceu, tudo que ela é hoje, é mérito dela também. Então, ela tá muito bem representada. Se eu não a conheci ainda, não foi por falta de vontade. Eu estarei lá na série representando essa mulher que eu admiro pra caramba“.
Protagonizada por Gabriel Leone, a série “Senna” estreia ainda este ano na Netflix. O documentário “Senna por Ayrton” já está disponível no Globoplay.