“Subtract” se torna o álbum mais aclamado da carreira de Ed Sheeran, mas fracassa comercialmente

Um dia após ser inocentado em julgamento sobre plágio, Ed Sheeran lançou, nesta sexta-feira (5), seu quinto álbum de estúdio, o intitulado “Subtract“. O projeto é produzido por Aaron Desner, responsável pela produção dos três discos de inéditas mais recentes de Taylor Swift, os aclamados “Folklore“, “Evermore” e “Midnights“.
O álbum teve uma recepção positiva da crítica especializada, alcançando média 74 de 100 no Metacritic, site que compila avaliações de diversos veículos midiáticos. Ainda que não seja uma média extraordinária, o índice é o maior alcançado por Sheeran em sua toda sua carreira. Anteriormente, suas maiores notas eram para seus dois primeiros álbuns de estúdio, “Plus” e “Multiply“, ambos com média 67.

“Subtract” recebeu nota máxima do The Telegraph (UK), que afirmou: “Subtract ainda soa como um álbum de Ed Sheeran, mas um que não está tentando tanto ser tudo para todos ao mesmo tempo. Às vezes, menos realmente é mais”. The Guardian também rasgou elogios ao projeto e pontuou: “É facilmente seu melhor álbum, mas também é o primeiro álbum de Ed Sheeran desde sua estreia para o qual você não pode prever com segurança um sucesso comercial de dar água na boca”.
Apesar da boa recepção crítica, o projeto teve o pior desempenho comercial da carreira de Sheeran na era dos streamings. Apenas três das 18 faixas do álbum estrearam no chart global do Spotify, que ranqueia as 200 músicas mais ouvidas do dia. O melhor desempenho foi de “Eyes Closed“, primeiro single do projeto, que alavancou para a 27ª posição, fazendo 2,5 milhões de execuções nesta sexta-feira (5). Entre as faixas inéditas, a que mais se destacou foi “Curtains“, que estreou na 42ª posição, com quase 2,2 milhões de execuções. “Boat“, que já havia sido liberada como single promocional, apareceu na 135ª posição.
O desempenho é muito inferior ao alcançado pelo “Divide“, terceiro álbum de estúdio do cantor. Na época, Sheeran estreou todas as 16 músicas do projeto no Top 40 do Spotify, ocupando, inclusive, as duas primeiras posições do chart, com as bem sucedidas “Shape of You” e “Castle on The Hill“. Apesar de um desempenho inferior a seu antecessor, o “Equals“, quarto álbum do cantor lançado em 2021, também chegou a estrear todas as suas 14 faixas no chart global da plataforma de streaming, incluindo os smash hits “Shivers” e “Bad Habits” no Top 5.
Em seus três últimos álbuns, Sheeran conseguiu emplacar pelo menos duas faixas acima da casa do bilhão no Spotify, o que não deve se repetir com o “Subtract“. O cantor, no entanto, não parece estar muito preocupado com o desempenho comercial do projeto. No dia 3 de março, quando anunciou o lançamento do disco pela primeira vez, ele escreveu em suas redes sociais: “Pela primeira vez, não estou tentando criar um álbum que as pessoas gostem, estou apenas lançando algo que é honesto e verdadeiro para onde estou em minha vida adulta”.
Durante o processo de criação do álbum, Sheeran precisou lidar com a luta de sua esposa contra um tumor sem tratamento e com o luto após a morte repentina de seu melhor amigo, além da batalha judicial em que era acusado de plágio com um dos maiores sucessos de sua carreira, “Thinking Out Loud“. Ele afirmou que usou a música como artifício para lidar com essas questões: “Escrever músicas é minha terapia. Isso me ajuda a dar sentido aos meus sentimentos. Escrevi sem pensar em quais seriam as músicas, apenas escrevi o que quer que fosse”.
Todas as faixas da versão standart do “Subtract” ganharam clipes, disponibilizados no casal oficial do cantor no Youtube. O álbum também está disponível em todas as plataformas de streaming.