“Todo Tempo Que Temos” é uma referência à experiência pessoal de Andrew Garfield com sua mãe

Imagem promocional do drama da A24 "Todo Tempo Que Temos".

Antes de chegar aos cinemas em outubro, o novo drama da A24, “Todo Tempo Que Temos”, se prepara para sua exibição em diversos festivais ao redor do mundo. A estreia mundial acontecerá no Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontece entre os dias 5 e 15 de setembro, além do filme também ter sido selecionado para encerrar o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, no dia 28.

Enquanto o filme não chega às telonas, a dupla de protagonistas alimenta o público com entrevistas que revelam mais detalhes da emocionante história. Andrew Garfield, que estrela o drama ao lado de Florence Pugh, contou à Vanity Fair que o filme se concentra na exploração do luto, tomando emprestado sua própria experiência após perder a mãe devido a um câncer em 2019.

Apesar das semelhanças, contar uma história com a qual Garfield se familiariza não o assustou. Na verdade, o ator disse que o filme permitiu que ele explorasse sua própria dor e espera que a história possa ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo. Em “Todo Tempo que Temos“, o interesse amoroso de Garfield, personagem de Pugh, descobre um câncer pouco antes de descobrir que está grávida do primeiro filho do casal.

“Há uma comunhão no espírito da perda, na experiência compartilhada de perda e amor e no custo de amar e estar plenamente vivo. Portanto, espero que todos possamos unir coragem para fazer isso“, disse o ator.

Andrew e Lynn Garfield.

Em 2019, Lynn Garfield faleceu após uma batalha contra um câncer no pâncreas. Dois anos depois, em entrevista à GQ, o ator disse que a perda o deixou completamente sem chão e que ele foi incapaz de “fazer qualquer coisa por um bom período de tempo”. Segundo Garfield, ele ficou desorientado sem a pessoa que mais amava e seu mundo teve de se “reorganizar”.

“Quando perdi minha mãe, minha psique foi totalmente reorganizada, a vida assumiu um tom, uma textura e uma cor completamente diferentes. Agora, provo as coisas de maneira diferente. Nada é igual”, disse Garfield. “A boa notícia sobre mim e ela é que não deixamos nada sem dizer. Tivemos todo o tempo que poderíamos ter enquanto ela estava aqui. E aquelas duas últimas semanas que estive com ela foram provavelmente as duas semanas mais profundas da minha vida”, continuou.

A citação de Garfield parece, inclusive, ter inspirado o título do filme da A24, descrito pela Vanity Fair como “engraçado, doce e triste”, além de “abertamente emocional”. A revista ainda destacou que um drama romântico como “Todo Tempo Que Tivemos” só funciona “se seus atores centrais tiverem o tipo de química que brilha tão intensamente que você quase consegue sentir o calor”, o que claramente é evidenciado pelas performances de Garfield e Pugh.

Todo Tempo Que Temos” estreia dia 31 de outubro nos cinemas brasileiros.