J.K. Rowling afirma que não irá perdoar Daniel Radcliffe e Emma Watson por eles apoiarem o movimento trans

J.K. Rowling usando brincos, colar e sobretudo preto. Ao lado, a autora com Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, protagonistas de Harry Potter.

J.K. Rowling, autora da saga “Harry Potter“, voltou a se manifestar contra o movimento trans nesta quarta-feira (10) e atacou celebridades que, segundo ela, “usaram plataformas para celebrar a transição de menores”.

A escritora afirmou que não aceitará um pedido de desculpas de Daniel Radcliffe e Emma Watson, que interpretaram Harry e Hermione nos filmes da franquia. A dupla de atores estão entre os membros do elenco das produções que se manifestaram contra a posição de Rowling sobre a identidade de gênero em 2020.

“As celebridades que aderiram a um movimento que pretende erodir os direitos duramente conquistados pelas mulheres e que usaram as suas plataformas para celebrar a transição de menores podem guardar as suas desculpas para os destransicionários traumatizados e para as mulheres vulneráveis ​​que dependem de espaços do mesmo sexo”, disse Rowling.

Em 2020, Radcliffe respondeu às postagens feitas por Rowling em suas redes sociais, dizendo: “Está claro que precisamos fazer mais para apoiar pessoas trans e não binárias, e não invalidar suas identidades”. Ele acrescentou ainda que espera que os comentários da autora não “manchem” a série de filmes para os fãs.

Watson, por sua vez, comentou na época: “As pessoas trans são quem dizem ser e merecem viver suas vidas sem serem constantemente questionadas ou informadas de que não são quem dizem ser”. Rupert Grint, Eddie Redmayne e outros membros do elenco dos filmes do universo bruxo também se manifestaram contra as declarações de Rowling.

Há pelo menos quatro anos, Rowling vem sendo acusada de transfobia por suas opiniões sobre identidade de gênero e por dizer que mulheres trans não deveriam ser permitidas em espaços exclusivamente femininos. Recentemente, ela também desafiou a polícia da Escócia, país onde vive, a prendê-la após ela ter descrito várias mulheres trans como homens. A Polícia da Escócia, por sua vez, decidiu não tomar nenhuma medida.