Redator descreve live-action de “Barbie” como sensacional e revela detalhes da trama do filme

Imagem do live-action de "Barbie", protagonizado por Margot Robbie.

O live-action de “Barbie” só estreia dia 20 de julho, mas algumas cenas do filme foram exibidas com exclusividade no CinemaCon, em Las Vegas, evento internacional dedicado ao mercado da sétima arte que aconteceu entre os dias 24 e 27 de abril. Renato Marafon, editor-chefe do site CinePop, esteve presente no evento e compartilhou suas primeiras impressões sobre o filme.

ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS!

De acordo com o redator, “Barbie” pode ser descrito como uma mistura de “Matrix” e “Legalmente Loira“. Na história, a Barbie de Margot Robbie dá festas incríveis todas as noites e vive em um mundo perfeito, mas começa a dar “defeito”. Seu pé, por exemplo, deixa de ter o formato de salto alto, seu chuveiro quebra e ela começa a se questionar sobre coisas as quais ela nunca se preocupou antes. “O que acontece quando a gente morre?” é uma das perguntas que inquieta a boneca.

Ela, então, é aconselhada a visitar a “Barbie estranha”, que está exilada em um castelo. Ao chegar lá, Esta oferece à visitante duas pílulas: a primeira sendo a de um “salto alto” e a segunda de uma “sandália”. Inicialmente, a Barbie de Robbie escolhe o salto alto, mas é forçada a descobrir a “verdade” com a sandália. É nesse cenário que ela sai da Barbielândia e migra para o mundo real, seguida pelo Ken de Ryan Gosling, e descobre o plano maligno de uma grande corporação.

Segundo Marafon, “o roteiro parece ser brilhante e a história é muito maior do que o primeiro trailer mostra”. O editor-chefe classificou o filme como “sensacional” e divulgou um vídeo revelando mais de suas impressões a respeito do longa.

Jordan Ruimy, redator do World of Reel, publicou um artigo revelando que além das cenas inéditas divulgadas no CinemaCon, exibições testes do filme aconteceram em Dallas e Los Angeles para convidados selecionados. As exibições contaram com cortes diferentes para o longa, sendo um deles transmitido para pais e filhos, e outro para maiores de 15 anos. As reações do público, no entanto, parecem ter sido divisivas — e até desanimadoras.

“Tudo o que sei é que a maré mudou ligeiramente. Tenho notado mais reações negativas do que a primeira triagem inicial em fevereiro. Isso não quer dizer muito, pois essas exibições nem sempre são precisas sobre a qualidade de um filme. Além disso, críticos e público nem sempre concordam”, disse o redator. “É tudo relativo, na verdade. Não há como decifrar a qualidade deste ou de qualquer outro filme por meio de exibições-teste, mas é divertido avaliar algumas reações. O filme parece estar definitivamente pronto, de acordo com quem compareceu às exibições de domingo em Dallas e Los Angeles”, continuou ele.

O site compartilhou ainda o relato de um usuário do Reddit que compareceu à sessão com o segundo corte do filme, indicado para maiores de 15 anos. O espectador, que foi à sessão acompanhado de dois amigos e da namorada, reprovou o filme, o classificando como “extraordinariamente incompetente em termos de narrativa e nível temático”.

“Eu não posso acreditar que eles pensaram que isso deveria funcionar para as crianças. Não porque o conteúdo seja inapropriado, mas porque todo o filme opera com uma perspectiva tão malfeita e desinteressante sobre a política de gênero que parece tocar apenas para adultos que passaram os últimos anos totalmente absortos em debates sobre essas questões. Nada disso é inteligente, nada disso é engraçado e nada disso é perspicaz. Tantas escolhas narrativas surgem do nada e realmente têm impacto emocional absolutamente zero. O número musical de Ken foi abismável e durou para sempre. Era tão estranho ver algo se arrastar por tanto tempo, repetindo a mesma piada, tocando em um cinema incrivelmente badalado onde ninguém riu uma vez. Alguns dos designs dos cenários eram legais, mas realmente esta é uma das experiências mais deprimentes que já tive ao sair de um cinema. Na verdade, me senti deprimido desde que o vi ontem e, no clímax do filme, pensei em sair do cinema. O que eu poderia ter feito se eu estivesse sozinho”, disse o usuário.

“Eu sabia que era um mau sinal quando estava do lado de fora do cinema e os pais e filhos estavam saindo juntos – estávamos todos comentando como parecia que eles estavam saindo de um funeral. Além disso, quando o logotipo da Barbie apareceu no início, houve aplausos entusiasmados – todos estavam aqui para ver o que eles supunham ser a grande obra-prima do cinema de franquia moderno. Quando acabou, houve aplausos respeitosos e comentários ao meu redor dizendo “Gostei muito do que disse sobre ser você mesmo”. “Gosto muito da perspectiva feminista”. Ninguém achou divertido, mas eles estavam claramente negando o quão ruim era o que acabaram de ver, e não acho que seja possível fazer uma avaliação mais profunda do filme do que essas duas citações. Uma atrocidade genuína, um dos filmes mais desleixados e vazios que já vi”, continuou ele.

De acordo com o redator do World of Feel, a opinião do espectador deixa claro que temas socialmente progressivos são as principais pautas do filme e que, por essa razão, os críticos devem ser “gentis” com a obra, não importa o quão confusa ela seja.

Um teaser trailer para “Barbie” foi lançado no início do mês passado, revelando os visuais de algumas Barbies e do universo da Barbielândia. Na prévia, Barbie e Ken aparecem flertando e fugindo da fantasia para o mundo real. Poucos detalhes da trama, no entanto, foram revelados nessa primeira àmostra.

Além de Robbie e Gosling, o elenco do filme conta também com Simu Liu, Emma Mackey, Ncuti Gatwa, Nicola Coughlan, Issa Rae, Kate McKinnon, Scott Evans, Sharon Rooney, Emerald Fennell, Alexandra Shipp, Ritu Arya, Michael Cera, Kingsley Ben-Adir, Dua Lipa, Hari Nef, Ana Cruz Kayne, Ariana Greenblatt, America Ferrera, Jamie Demetriou, Connor Swindells, Will Ferrell e Helen Mirren.

Pôster oficial de “Barbie”.

Dirigido por Greta Gerwig, o live-action de “Barbie” estreia dia 20 de julho nos cinemas brasileiros.